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27 out 2023

Brasil e China realizaram a primeira operação direta sem o Dólar.

No mês de outubro, a China e o Brasil alcançaram um feito histórico nas suas relações comerciais. Ambos os países concretizaram a primeira transação comercial direta sem o dólar. Os negócios ocorreram entre suas moedas nacionais, o real e o yuan. Este marco representou um avanço significativo no comércio entre as duas nações, com implicações que podem repercutir no cenário econômico global.

A operação envolveu o envio de 43 contêineres de celulose pela empresa Eldorado Brasil para a China no dia 25 de agosto. A carga partiu do Porto de Santos, no Brasil, com destino ao Porto de Qingdao, na China, marcando uma conexão direta entre os dois países sem a necessidade de conversões complexas de moeda.

O Banco da China no Brasil desempenhou um papel crucial como intermediário nesse processo. A instituição recebeu uma carta de crédito em yuan do importador chinês e, após notificar a Eldorado e analisar a documentação necessária, efetuou a conversão do montante em reais. A conversão direta de renminbi para real foi finalizada, com os recursos disponíveis para a empresa no dia 29 de setembro.

Apesar de os detalhes específicos da transação, como o valor, não terem sido divulgados, a Eldorado Brasil confirmou a operação em nota oficial. Para a empresa, esse marco representa um teste significativo que pode abrir portas para novas linhas de crédito no mercado chinês, possibilitando uma maior competitividade no cenário internacional e a exploração de mercados pouco explorados até o momento.

A transação foi recebida com entusiasmo pela mídia chinesa, destacando o compromisso do país em fortalecer sua moeda no comércio global. Esse progresso foi impulsionado por um memorando de cooperação assinado com o Brasil em abril deste ano, durante a visita do presidente Lula a Pequim, que visa promover o comércio em moedas locais.

Essa operação pode abrir caminhos para maior eficiência e expansão do comércio entre Brasil e China, além de influenciar a dinâmica das transações globais em moedas locais.

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